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Foto do escritorEquipe Aima

Dezembro Laranja – é hora de entender e de se proteger do câncer de pele


Médica marca a pele das costas da paciente com um lápis mostrando uma mancha que deverá ser investigada.

Dezembro é o mês escolhido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia para a Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Pele. Neste mês, em pleno verão no nosso país, com comemorações e férias, costumam ocorrer exposições solares mais intensas e queimaduras solares. Então nada mais justo do que promover informação durante esse período sobre o câncer de pele e sobre formas de minimizar as consequências deletérias fotoexposição sem proteção.


A pele é o maior órgão do corpo e também o órgão mais exposto, sujeito a sofrer agressões constantes do meio externo. Dentre essas agressões, a radiação ultravioleta (UV) emitida pelo sol promove danos ao material genético das células da pele, principalmente aos queratinócitos e melanócitos. Ao longo da vida, especialmente se sofremos mais agressões do sol, as células cutâneas acumulam esses danos (ou mutações) e podem dar início a um câncer de pele.


Existem três tipos principais de câncer de pele: o carcinoma basocelular – o mais comum e de melhor prognóstico -, o carcinoma espinocelular e o melanoma – o mais agressivo dos três, com chance significativa de metástase se não tratado rapidamente. Todos eles possuem estreita relação com a maior exposição solar ao longo da vida. Outros fatores q


ue influenciam no seu surgimento são: predisposição genética/histórico familiar da ocorrência dessas neoplasias, pessoas com pele clara, olhos claros, com sardas, pessoas que possuem muitas pintas, pessoas que já tiveram algum câncer de pele, pessoas com alterações do sistema imunológico (imunossupressão).


A melhor forma de combater esse grupo de câncer é justamente evitando que ele apareça. Por isso, a fotoproteção é essencial. Você pode proteger sua pele procurando uma sombra em ambientes externos, evitando exposição prolongada ao sol especialmente nos períodos de pico, entre 10 e 15h, usando protetor solar regularmente, não esquecendo de usar óculos escuros além de chapéu, viseira ou boné debaixo do sol, roupas de preferência que cubram uma boa


parte da pele (roupas com proteção ultravioleta podem ser muito interessantes) quando for ficar muito tempo exposto. Dessa forma, você minimiza o risco de queimaduras, de câncer também de envelhecimento precoce da pele.


Uma vez instalado, o câncer de pele deve ser tratado precocemente. Assim, é importante que lesões (“sinais”), na pele sejam avaliadas o mais rápido possível pelo dermatologista. Uma pinta que está crescendo, mudando as cores e seu aspecto, “bolinhas” na pele que não desaparecem, que sangram, que doem e que não cicatrizam devem fazer com que você procure atendimento especializado. Vale lembrar que, na maioria das vezes, o câncer de pele não produz sintomas (não dói, não coça, não sangra). Não menos importante, visitas regulares ao dermatologista permitem um diagnóstico e tratamento precoces. Quando há suspeita de lesão neoplásica da pele após exame físico e exame de dermatoscopia, é indicada biópsia para confirmação diagnóstica e planejamento das opções de tratamento.


Na maior parte dos casos, o tratamento requer retirada cirúrgica com margem de segurança. Alguns casos podem demandar radioterapia, quimioterápicos tópicos ou medicações sistêmicas, conforme indicação individual. E não terminamos por aqui. Mesmo após o tratamento, quem já teve câncer de pele deve manter os cuidados de fotoproteção e acompanhamento regular com seu dermatologista, já que possui uma chance maior de surgimento de novo câncer de pele.


Então, aproveite suas atividades ao ar livre, mas com responsabilidade. Não deixe de lado a saúde do maior órgão do seu corpo. Lembre-se: a melhor arma contra o câncer de pele é a prevenção.


Consulte seu dermatologista em caso de dúvidas.


Isabela Boechat Morato

CRM 47936

RQE 49977

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